sábado, 19 de janeiro de 2013

Último suspiro

Um passarinho sem ninho e sem céu
Bico e asas quebras
Rastejando pelo chão úmido da floresta escura
A espera da morte certa
Antes sua vida tinha
A luz do sol
O verde da mata
A liberdade do voo
O aconchego do ninho
Oh, quão breve é a vida
Quão certo é nosso destino
Da vida para sobrevida
Direto para a morte
Então, ele para, suspira e morre

Retrocesso

Não se pode colar um vaso quebrado
Não dá para reconstruir o passado
Volver e consertar os erros
O que machucou
O que feriu
O que fez chorar
Só um coração torto
Só uma alma doente
Só uns poucos sonhos mortos
E na penumbra
E no esquecimento
Me esguio e me escondo
Em casca me envolvo
E volto a ser ovo