Meus sonhos estão
Poluídos pela realidade
Corroídos pelo
desalento
Corrompidos pela dor
Não tenho horizonte a
vislumbrar
Meus pés descalços
Andam por entre cacos
de vidro
Do caminho dos
desesperados
Estou com a alma
debilitada a vagar
Pedindo abrigo quente
em qualquer coração
Minhas lágrimas regam minha
trajetória
E germinam o fruto do
desamor
Oh, sangra minh’alma
aflita
Sem esperanças quero
desistir
Ah, os dias claros são
tão escuros
O clima quente é tão
frio
E já chegou à estação
das flores mortas
Os esgotos pela
paisagem nebulosa são tão normais
A situação piorou
quando cheguei ao fim da estrada
E
descobri que era o começo do caminho
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