sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Mundos entre mundos

Dentro do meu mundo existem vários mundos
E nenhum deles eu habito
Mundos entre mundos repletos de gente
Pessoas felizes, em êxtase, sorridentes
Ao serem tão alegres nem reparam ao redor
Meu derredor é triste
É triste
Sempre só, só e triste
A única voz que ouço é o meu murmuro
Apenas minha sombra se reflete no chão
Minhas lágrimas, não insólitas, quentes vagueiam
Nem tenho a liberdade da natureza para contemplar
Meu olhar se cansa de procurar por um resquício de mim
Então, fita no vazio e permeia mundos entre mundos
E acha o nada
Meu nada é tudo que tenho
É o que está em mim
É o que entra
É o que sai
É o que fica parado