sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

LUTO

Pelo falecimento de minha mãe, Isanetis Canto Cardoso.
Uma mulher guerreira e honesta de quem eu me orgulharei sempre! Amo-te, mãe querida!
(Nascimento: 21/04/1945 # Falecimento: 20/12/2011)


quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Viver / Sobreviver

Viver é ser feliz junto de um grande amor.
Sobreviver é ser infeliz longe do ser amado.
Viver é ter do abraço do amante o calor.
Sobreviver é sentir frio e gemer calado.

Viver é chama que inflama com ardor.
Sobreviver é estar num canto sozinho, isolado.
Viver é melodia de alegria compor.
Sobreviver é ouvir o hino do ser rejeitado.

Ter o coração acalentado é viver
Com sintonia de mil sentimentos
E gozar de sublimes emoções.

Ter o coração surrado é sobreviver
Com lágrimas a escorrer mil tormentos
E sentir o pesar de frustrantes paixões.

Beijo teu

Lábios penetrantes a excitar;
Dentes cintilantes a cegar;
Hálito cítrico a exalar;
Língua insinuante a convidar.
E fascinas.
E brilhas.
E perfumas.
E me tomas
Na volúpia de um beijo teu!

domingo, 23 de outubro de 2011

Solidão - cárcere da loucura

O grito de dor ecoa pra dentro d’alma
Tão só
Tão solitária
Tão confusa
Tão desorientada
Quero abrigo
Quero consolo
Quero acalanto
Alguém pode parar meu pranto
Alguém pode avivar meu espírito
Liberdade
Liberdade
Liberdade
Tenho que sair deste cativeiro
Que acorrenta meus pés
Que amordaça minha boca
Que venda meus olhos
Que tampa meus ouvidos
Que prende minhas mãos
Ô, grades de ossos
Ô, chão de espinhos
Ô, lugar horrendo
Os dias escorrem como as lágrimas em meu rosto
Uma flauta chora
Um violino chora
Dança a tristeza
No palco do meu sofrimento
Uma flauta chora
Um violino chora
Dança a solidão
Riscando o salão a minha dor
A sanidade é louca
A loucura é o escape
A válvula é a languidez
E a explosão faz imensas crateras
No meu coração castigado
Abandonada nesse lugar
Condenada ao esquecimento
Sucumbida por lamúrias tantas
Eu não me escondo das pessoas
Elas que se afastam de mim

Qual é a verdade?

Parece que eu não sou compatível com este mundo. Sou de outra galáxia, de um lugar muito distante daqui. Não falo a mesma língua dos terráqueos. Tenho um jeito diferente, e penso totalmente ao contrário das outras pessoas. Vivo no circo dos horrores com o mesmo espetáculo todos os dias. Sinto-me refém de uma plateia de hipócritas, prepotentes donos da “verdade”. Mas qual é essa verdade? A única verdade que eu compreendo é da maledicência dos mequetrefes da politicagem. Esses porcos gordos e nojentos descansando neste lamaçal e comendo seu próprio excremento. Quero entrar numa nave espacial para ser transportada ao encontro da minha família, dos meus amigos, dos meus iguais, e respirar o mesmo ar que eles inspiram, deitar no campo e apreciar o céu lilás do meu planeta. Lá sim, eu sou feliz, livre, independente, solta, leve, amada. Meu sonho é voltar para os meus e redescobrir o prazer de viver.