sábado, 17 de maio de 2014

Andando no escuro

Não sei discernir o claro do escuro
Só enxergo o nada
E tem cor de coisa nenhuma
Andando sempre no vazio
Como se não houvesse obstáculos
Só sei que há entraves quando caiu
E me levanto devagar
Com medo de dar outro passo
Receando o terreno desconhecido
As vozes são tão indiferentes
Além de cego me sinto invisível
Não como um super-herói com poder de sumir
Mas como uma folha seca caída na calçada
Sem a utilidade de virar adubo
Muitos enxergam sem ver nada
Muitos veem sem enxergar coisa alguma
Acordar, abrir os olhos sem ver o horizonte
Quantos dias mais...
O tempo passa e meu relógio continua parado
Em pé estou frente à parede
Sem galgar
Sem piscar
Sem lacrimejar
O retrocesso é via que me conduz

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