domingo, 18 de abril de 2010

Urbano

Pessoas frias são tão normais nessa estação
O relógio não para de trabalhar
Corredores de gente
Pistas de ilusão
Fumaça
Minha cabeça vira cinzeiro
Quando queima a cuca dos idiotas
E a neblina se espalha no dia opaco
Procuram-se rosas de plástico
Para enfeitar o cemitério das almas
O corpo caminha, mas
A alma vaga nos detritos da paixão
De um lado
Para o outro
De dia
De noite
Na chuva
Na insolação
Não importa
É o seu destino
Cavar sua própria cova
Tão rasa
Tão estreita
Tão estranha
Tão fugaz

Nenhum comentário: