segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Beija-flor

Meu beija-flor,
Em teus olhos beijar;
Minha boca faminta,
A tu’alma fitar;
Meus ouvidos sedentos,
Ao tocarem-te sem cessar;
Minhas mãos gulosas,
Ao ouvirem-te cantar;
Meu corpo inane,
Pelo teu respirar
Num êxtase fatídico
De querer do teu amor
Me sustentar...

(Sophie Amadeus)

3 comentários:

Emiliocarepa disse...

Não há pejo algum de minha parte em confessar que a mim muito agrada esta nova fase menos sombria de teu poetar.
Isso sem desfazer ou desgostar das outras poesias, respeitabilíssimas diga-se en passant, da fase anterior, se é que há mesmo uma fase anterior.
São momentos na vida do poeta. Diferentes estados de espírito. Caminhares ou caminhaduras como diria um outro poeta

Emiliocarepa disse...

sugar, com os olhos, as mãos, a boca e o corpo querentes / todo o amor / do beija-flor

Falcão idomável disse...

Oi... estou aqui novamente, gostaria de me retratar por ter errado seu nome em outro contário que fiz sobre um de seus poemas.
Lá eu a chamei de "Aline", depois quando descobrir meu erro... quiz me corrigir e fiquei muito feliz, você leva o nome de uma das pessoas que mais amei neste mundo, minha linda e querida avò.
Sobre este poema em potencial... eu vejo em cada palavra que escreveu, um poco da loucura que vivo neste momento.
O verdadeiro don de um poéta, muitas veses não é apenas descrever seus sentimentos, sejam eles de loucuras ou lucidez... mais sim de mecher com os sentimentos aleio, cada palavra usada por um poéta, é sempre bem aproveitada, pois em algum lugar vai existir sempre alguem, que está passando por, algo que poderá seria definido único e exclusivamente, com aquela pequena palavra.
Por isso lhe peço... ese bem seu don, pois são poucos aqueles que tem o don da palavra...