sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Sinto que não sinto

Sinto falta das pessoas,
Mas nunca senti a presença delas;
Sinto falta dos amigos,
Mas nunca tive a oportunidade de conhecê-los;
Sinto falta da felicidade
Sem mesmo saber quem ela é de fato.
Sinto falta de sentir emoções boas,
Como: carinhos, afagos e abraços.
Porém, sinto que nunca os senti de verdade.
Sinto falta de mim mesma,
Contudo, não sei quem sou.
Sinto muita falta de ti
Sem saber nem mesmo quem és.
Tanta que chego a imaginar
Como és,
Como estás,
Como vive,
E se realmente sente algo intenso
Ou se é como eu
Sem referências,
Sem sentido.
Como uma partícula de poeira
Esquecida no vento,
Como uma estrela morta no espaço,
Como um pássaro cativo numa gaiola de ossos,
Como um absurdo tudo de nada!

Um comentário:

Emiliocarepa disse...

"Como um absurdo tudo de nada!"

Só Colibri Lunar mesmo, para criar uma frase tão plena! Resume bastante a poesia, fantástica por sinal